Quantas fotos há em seu celular? Dezenas? Centenas? Milhares? Cada vez que tiramos uma foto, ela fica registrada na memória do telefone. Muitas vezes, elas são automaticamente armazenadas na nuvem virtual. Isso garante que fiquem guardadas, mas cria alguns riscos. Por exemplo, o que ocorre se um hacker acessá-las? Existe a possibilidade de que ele tente te extorquir – sobretudo se a foto for comprometedora ou exibir algum documento – ou de que você se torne vítima de um roubo de identidade.
Conforme as técnicas dos hackers se modernizam, aumentam as chances de que você se torne vítima de um ataque virtual. Aliás, foi o que ocorreu com Jennifer Lawrence, Kirsten Dunst e outras atrizes famosas de Hollywood. Foi o caso do “Celebgate”, um escândalo que afetou mais de cem famosos. Se não quiser correr o mesmo risco – ou, ao menos, ficar mais protegido – explicamos alguns conselhos que você pode pôr em prática.
1. Desative a sincronização automática Muitos celulares são programados para se sincronizarem automaticamente com as nuvens do iCloud, Google e outros serviços, como Flickr ou Dropbox. Isso te permite salvar as imagens facilmente, ter uma cópia de segurança e não depender apenas da memória do celular.
Mas é possível evitar que as fotos sejam carregadas automaticamente e conduzir o processo de forma manual, garantindo que só se armazene o conteúdo que se deseja. Para isso, deve-se mudar a configuração no Google+ (no caso de um Android) ou no iCloud (para iPhones). “Se não quiser que algo seja compartilhado na internet, deve-se ser extremamente cuidadoso com a sincronização automática”, explica o site britânico Digital Spy.
2. Ative a verificação em dois passos Ter uma senha segura é importante, mas às vezes não basta. A maneira mais fácil para que hackers acessem seus arquivos é roubando sua senha (por isso é melhor que ela tenha letras maiúsculas e minúsculas, números e não seja muito óbvia).
A verificação em duas etapas permite instalar um código adicional para que fique mais difícil aos hackers. No Google, é possível fazê-lo dentro da opção “Minha conta” (no menu principal, no alto e à direita). Na Apple, a mudança é feita pelo iCloud, e também é possível ativar o mecanismo em outros serviços de armazenamento de fotos, como Facebook e Microsoft.
3. Controle a atividade de seus apps Os aplicativos que você tem no celular também podem acessar suas fotos. Alguns dos mais populares são Facebook, WhatsApp e o Instagram. Para saber se isso ocorre, caso tenha um iPhone, pesquise nas opções de privacidade de seu telefone, entre em “Fotos” e selecione os apps que queira bloquear. Assim evitará que suas fotos sejam compartilhadas com os servidores desses aplicativos. Se você usa um aparelho Android, deve-se efetuar a mudança em cada aplicativo, um por um. Não é uma tarefa difícil, embora possa ser trabalhosa.
4. Oculte suas fotos Há opções para esconder arquivos de seu celular ou tablet por meio dos chamados “ocultadores de fotos”. Picture Safe e Private Photo Vault (para iOS), Hide Something e KeepSafe (Android) são alguns exemplos. Esses sistemas permitem criar um código PIN ou tátil para acessar algumas fotos e fortalecer sua privacidade. A desvantagem é que você não poderá ver as coleções de fotos na ordem que deseje.
5. Borre os metadados de suas fotos Suas fotos incluem dados ocultos que indicam quando e onde foram tiradas, ou o modelo de câmera usado. Esses metadados revelam informações que nem sempre são evidentes Se não quiser que esses dados sejam conhecidos, é possível usar apps como Image Privacy (Android) ou GeoGone (iOS) para borrá-los. O processo leva alguns segundos e pode ser aplicado a várias imagens ao mesmo tempo.
6. Bloqueie a tela do seu celular Outra forma de proteger os arquivos é bloquear a tela com sua senha, sistemas de reconhecimento facial ou outros mecanismos. Pode parecer óbvio, mas esse método não só servirá apenas para proteger suas fotos e vídeos, mas também para que tudo o que armazena no celular não caia em mãos erradas.
Fonte:bol.uol.com.br